A Secretaria Municipal de Habitação e Assistência Social – SMHAS, através do Centro de Referência da Assistência Social – CRAS, juntamente com as Secretarias de Educação, Cultura e Desporto e a Secretaria da Saúde e Saneamento do Município de Derrubadas – RS, promoveram no último dia 06 de setembro de 2018, palestras alusivas ao Setembro Amarelo que tem como prerrogativa a Prevenção contra o Suicídio, com o palestrante Abel Petter que é auxiliar de médico legal no Instituto Médico Legal (IML), Pesquisador das áreas Criminais e Psicológicas e estudante de Psicologia e do Instituto Geral de Perícias (IGP) do Estado de Santa Catariana - SC, cujo título da sua palestra foi “Suicídio: Falando Abertamente”. Neste dia, foram realizadas três palestras contemplando os três turnos: pela manhã foram contempladas as escolas municipais e estadual, com os alunos acima de 12 anos de idade. Já, no período da tarde, o público em geral, contando, inclusive, com a participação da população idosa do município e no período da noite, os participantes foram os funcionários públicos do município e da EMATER, além de vereadores municipais.

            O objetivo das palestras foi trazer presente aos públicos, nos seus respectivos horários e, a partir da especificidade de cada um deles, a informação, a aprendizagem e a como prevenir de forma simples e objetiva sobre o suicídio e suas práticas correlacionadas com este fenômeno. Nas palestras foram apresentadas aos públicos, informações sobre o fenômeno do suicídio, as práticas criminais, implicações criminológicas, correlações com a Psicologia, Saúde Mental, esclarecimentos, dentre outros, através de vídeos, imagens, entre outros materiais.

            Compreende-se que esta temática é pouca divulgada e trabalhada no meio social, comunitário, contudo, é assustador o número crescente de pessoas que tentam o suicídio e os que realmente cometem suicídio. Desta maneira, falar sobre esta temática é fundamental, pois, desde que se saiba como fazer esta abordagem, muitos casos poderão ser prevenidos, ajudados e até mesmo, recuperados, no sentido, da pessoa desistir de sua ideação suicida e regressar a sua vida e rotina diária. Segundo a agência Brasil (2017), cerca de 11 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no Brasil e de acordo com boletim epidemiológico datado do ano de 2017, sobre suicídio, divulgado pelo Ministério da Saúde, entre 2011 e 2016, 62.804 pessoas tiraram suas próprias vidas no país. O número é assustador e desta forma, precisa-se falar sobre este fenômeno para a partir das informações e conhecimento, haver uma maior conscientização e com isso, o cuidado com a vida, contribuindo para a sensibilização das pessoas, inclusive, na forma de ajudar quando haja esta necessidade. Falar é uma das formas de prevenção mais eficaz e garantida.

            Através das palestras, proferidas no dia 06 de setembro, foi possível verificar que realmente, falar sobre a temática pode gerar desconforto, mas, ao mesmo tempo, visualizou-se a necessidade de manter a população atenta e bem informada para que cada um possa contribuir e ou ter subsídios para acolher e encaminhar alguma pessoa que possa estar manifestando o desejo de cometer o suicídio. Segundo a Coordenadora do CRAS, Sirlei Becker, “esta iniciativa foi muito importante, pois, além de mantermos uma relação com a rede de apoio e todos estarem contribuindo para o cuidado mútuo, estamos buscando desmistificar uma temática, um fenômeno que está deflagrado e que com certeza precisa ser abordado em nossa comunidade”, conclui.